No mês passado, explicamos que “dois acidentes envolvendo celulares plugados na corrente elétrica ilustraram as manchetes dos maiores portais do mundo”. Desenvolvemos uma matéria desvendando os mistérios e expondo, da maneira mais clara possível, os reais riscos do uso de carregadores falsificados para carregar gadgets – tenham eles o logo da maçã mordida estampado atrás ou não.
O uso de carregadores falsificados tem algum impacto negativo na longevidade de uma bateria? Não sei; eu pulava o muro da escola nos horários das aulas de Física elétrica na minha época de Ensino Médio. O fato é que os carregadores fabricados pela Apple são bem acabados e bastante inteligentes, regulando a corrente elétrica de acordo com a fonte de eletricidade (a tomada) e o aparelho que está sendo carregado. É isso que permite que o carregador seja “desativado” quando a bateria do gadget atinge os 100% de carga. É, portanto, extremamente curioso comparar um carregador original da Apple com um chinês falsificado. Vamos fazer isso?
À esquerda, um carregador original da Apple. À direita, um falsificado. Começando pela presença de duas placas lógicas no produto da esquerda e apenas uma no da direita, dá pra perceber que tem coisa faltando no produto xing-ling. O barateamento de um produto falsificado vai muito além da simplificação de um circuito lógico. Componentes são removidos e substituídos pelas alternativas mais baratas possíveis. A segurança é deixada de lado, e tudo é planejado em prol do menor custo de produção possível. A lógica é: “funcionando, tá bom”.
No meio dessa situação, entra a Apple. Não que a empresa seja maravilhosa e boazinha, mas a iniciativa da maçã mordida é uma ótima jogada de marketing: ressalta o quanto seus produtos originais são seguros. Genial, não?
A proposta da Apple é a seguinte: por período limitado, de 16 de agosto à 18 de outubro, usuários de produtos cupertinianos poderão comprar um carregador adicional pelo preço especial de US$ 10 (10 dólares) – ou o equivalente na moeda local do país do consumidor. Para participar do programa, o consumidor deve entregar à uma Apple Store ou à uma autorizada da Apple pelo menos um carregador falsificado e fornecer o número de série do produto da Apple a qual o carregador se destina, para manter o controle do programa de troca: um carregador adicional para cada aparelho.
Aguardemos, e veremos se a iniciativa também chega ao Brasil [link da página na Apple.com].
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