Antes da chegada do novo iPad, existiam duas versões do iPad 2 Wi-Fi + 3G: uma que funcionava na rede da AT&T e outra compatível com a rede da Verizon — ambas operadoras americanas. A versão da AT&T (GSM) também era conhecida como internacional, já que essa é a tecnologia usada em grande parte dos países onde a Apple vende o aparelho — no Brasil, por exemplo, esse é o modelo vendido.
Algumas pessoas viajam para os Estados Unidos e aproveitavam para comprar um iPad, afinal, o preço lá é bem mais vantajoso que em nossa terra. O problema é que algumas pessoas não sabiam qual versão escolher, e era comum ver alguém saindo de uma Apple Retail Store com um modelo da Verizon (CDMA) debaixo do braço. Ao chegar no Brasil, descobriam que seu novo iPad não passava de um “modelo Wi-Fi de luxo”, já que a conectividade 3G não poderia ser feita por questões de compatibilidade.
Com o novo iPad esse problema acabou. Nós não temos redes 4G no Brasil e, quando ela chegar, provavelmente não será compatível nem com uma (AT&T) nem com outra (Verizon), já que as frequências das redes são diferentes. E como a única diferença entre os novos iPads das operadoras americanas são as frequências das redes LTE (4G), agora estamos livres para comprar qualquer modelo, pois ambos são compatíveis com diversas redes 3G — UMTS/HSPA/HSPA+/DC-HSDPA (850, 900, 1900, 2100 MHz) e GSM/EDGE (850, 900, 1800, 1900 MHz).
Isso permite até mesmo um novo iPad da Verizon funcionar com um chip da AT&T — utilizando rede 3G, é claro; nas redes 4G, a exclusividade continua:
Não ligue para o 4G mostrado no iPad, a AT&T está só enganando seus clientes — quando as redes 4G de verdade estão sendo utilizadas, a barra indica “LTE”. ;-)
Problema resolvido! Agora, tanto faz o aparelho que você compra: todos serão compatíveis com as redes 3G brasileiras (e internacionais) — qualquer modelo virá com aquela bandeja para cartões micro-SIM.
Só espero que a Apple não mude esse cenário com alguma atualização de software.
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